A jornalista e influenciadora de viagens e turismo Nataly Castro, que passou um ano e meio viajando pelo mundo, retornou ao Brasil, no domingo (14/1), após receber diagnóstico de anemia profunda. A decisão também foi motivada pela escassez de recursos financeiros. Nataly viaja pelo mundo desde 2013, autodescreve-se como “nômade digital” e busca se tornar a primeira mulher negra a conhecer todos os países reconhecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A jovem já visitou 180 países. “Estou voltando ao Brasil por dois motivos: questão de saúde e o segundo porque todos os meus recursos financeiros acabaram para continuar nesse projeto. E a gente vai parar nesses 10% e voltar para casa. Vou trabalhar mais um pouco e depois volto com força total para terminar esses 10% que faltam”, relatou Nataly, nas redes sociais.
A jornalista chegou ao Aeroporto Internacional de São Paulo segurando uma bandeira do Brasil e foi recebida por familiares, amigos e fãs. “Como é bom estar em casa”, declarou Nataly, já em solo brasileiro.
Jornada de desafios
Nataly também lidera um projeto de bolsas de intercâmbio para jovens brasileiros de baixa renda estudarem no exterior e compartilhava a rotina das viagens no Instagram, com o perfil Viaje sem limites. Em meio a jornada de conhecer o mundo, a jovem já se deparou com diversos desafios. Em outubro do ano passado, por exemplo, a influenciadora passou mais de 60 horas sem dar notícias durante uma viagem pelo continente africano.
A jovem relatou que chegou a ser dada como desaparecida porque estava viajando por via terrestre e teve que mudar a rota prevista por ter sofrido assédio em uma das fronteiras. Ela teve ajuda de moradores da Guiné Bissau para contatar os familiares, mas teve dificuldades porque a região tem condições precárias de acesso à internet. Segundo ela, na ocasião, preferiu viajar aos países africanos via terrestre para poder economizar e viabilizar a jornada, pois ela não conseguiu recursos financeiros necessários para arcar com viagem aérea.
A jornalista, que passou de cinco a dez horas viajando na estrada, contou que se alimentou preferencialmente de frutas, biscoitos, milho e batata. “Tem alguns lugares que eu não quero comer a comida, porque não sei a procedência, não sei sobre as condições da água que foi usada. Acabo preferindo coisas mais básicas”, afirmou à época.
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