A Organização Mundial da Saúde publicou em dezembro do ano passado uma diretriz que libera, além das fórmulas infantis, o uso do leite de vaca não modificado para bebês de 6 a 11 meses que não estão amamentando. A recomendação da OMS consta na publicação “Guia para alimentação complementar de bebês e crianças de 6 a 23 meses de idade”. O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges, falou sobre o assunto nesta sexta-feira (12/1), no programa CB.Agro — parceria entre o Correio e a TV Brasília.
Em entrevista aos jornalistas Roberto Fonseca e Mila Ferreira, o presidente da Abraleite avaliou como positiva a liberação pela OMS do leite de vaca, mas defendeu que o leite materno é o alimento mais indicado para bebês.
“Isso só mostra o quanto o leite é um alimento saudável e importante para o ser humano em praticamente todas as fases da vida. Até os 6 meses, o leite materno é insubstituível, o leite da própria mãe do bebê realmente tem que ser, e deve ser, sempre ministrado à criança”, explicou. Segundo ele, a publicação da OMS traz “tranquilidade” para que os pais e mães possam administrar o leite de vaca “sem nenhuma preocupação”. “É um estudo e uma mudança colocada pela Organização Mundial de Saúde, muito importante deixarmos isso claro”, explicou Borges.
De acordo com as diretrizes da OMS, os tipos de leite animal que podem ser utilizados incluem leite pasteurizado, evaporado reconstituído (não condensado) e fermentado. Borges enfatizou, também, um estudo da Sociedade Brasileira de Nutrologia a respeito dos benefícios nutricionais do leite.
“É muito importante porque são duas instituições sérias e que são da saúde humana, não estão vinculadas ao agronegócio, não é uma entidade que representa os produtores e sim da área de saúde humana. Duas instituições sólidas (OMS e Sociedade Brasileira de Nutrologia) que fizeram um estudo e publicaram um consenso com bastante embasamento científico, mostrando o quanto que o leite e os seus derivados lácteos são importantes para a saúde humana em todas as fases de vida.”
Campanhas de divulgação
Borges afirmou também que a Associação Brasileira dos Produtores de Leite está trabalhando em campanhas de divulgação sobre a nova recomendação da OMS, “não só a Abraleite mas outras instituições do setor”.
“Todas as entidades ligadas à cadeia produtiva do leite, seja na produção ou industrialização, devem difundir isso mostrando que o leite é importante e saudável”, apontou.
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*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
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