Manter a paz interior, a lucidez, e a moral alta, a partir de focar nos sentidos para a vida – cuidar do corpo, da boa alimentação, do bom sono, de manter uma temperatura amena, da hidratação adequada, transformando seu lar (apartamento, refúgio, espaço vital) em um oásis – podem ser objetivos úteis, razoáveis, desejáveis, sensatos e sábios.
Diante de um mundo por vezes complexo e caótico, repousar buscando mais natureza real, uma roça, uma cachoeira, uma praia – e menos horas de tela no instagram, zap e internet.
Viktor Frankl, judeu sobrevivente de quatro campos de concentração nazistas, e além disto – neurologista, psiquiatra, amante das artes, e alpinista – desenvolveu uma filosofia de vida que lhe permitiu ajudar muitas pessoas ainda antes dele ser preso nos campos de concentração. E afirmou que é possível manter uma liberdade de escolher e dizer um sim à vida, mesmo nos contextos mais difíceis.
Ao ser preso, ele percebeu que precisaria aplicar em si mesmo tudo aquilo que havia aprendido, estudado, e desenvolvido para ajudar pessoas em sofrimento – incluindo pacientes severamente deprimidos, em uma época em que não havia antidepressivos, e a farmacologia era muito menos desenvolvida. Aplicar tudo o que havia aprendido em si mesmo, para sobreviver, viver, buscar sentidos para a vida, mesmo como prisioneiro de campos de concentração. Ele sobreviveu, contou sua história, e sua história hoje continua inspirando muitas pessoas.
Ao ser preso, decidiu, decidiu firmemente dizer um SIM À VIDA, ali dentro dos campos de concentração. E buscou ajudar as pessoas a seu redor (isto, a atitude de ajudar ao outro, se revelou como algo que o levou a querer viver, a se fortalecer, e sobreviver). Em seu livro “Em busca de sentido, um psicólogo no campo de concentração”, publicado pela editora Vozes e Sinodal, no Brasil – cuja leitura e releitura recomendo muito – Frankl narra sua experiência dentro dos campos, expõe sua filosofia de vida, e propõe desenvolver um otimismo apesar de tudo. Tirar de cada situação os melhores aprendizados possíveis, crescer com elas, se redimir, perdoar, viver bem cada dia lembrando que a vida termina – um dia cada pessoa irá morrer nesta vida.
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