Falar de aborto é polêmico. Há estudiosos que defendem, que garantem que o aborto não tem tanta interferência na vida da mãe a longo prazo. Há outros estudos apontando para a possibilidade maior de depressão em mulheres que optaram pelo aborto.
Quero falar do que eu já vivi em atendimento clínico com mulheres que em algum momento da vida, abortou ou teve tentativas de aborto. Em um grau menor ou maior, essas mulheres sofreram e tem aquelas que seguem a vida com a ferida dessa decisão, sangrando.
Em nenhum dos casos, essas mulheres pensaram em manter a gestação e entregar a criança para adoção. Afinal acredita-se que é feio, é vergonhoso, e ainda há pessoas que acreditam que é crime. O abortamento parece ser a única solução.
É preciso dialogar mais sobre as opções dessa mulher, é importante falar sobre a entrega para adoção. A previsão legal da entrega voluntária de bebês para adoção foi inserida no ECA em 2017. Trata-se de um mecanismo que busca a proteção de crianças, evitando assim a prática do aborto, do abandono ou de adoções irregulares.
Que tal trabalharmos na cultura da Entrega voluntária? No art. 13, parágrafo 1 do ECA está posto que “As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da Infância e da Juventude.”
Portanto entrega voluntária não é crime. O abandono é! Busque a Vara da Infância e Juventude da sua cidade e se informe sobre o assunto.
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