A democracia consiste em uma opção ideológica por um sistema político que se estrutura na soberania popular.
Seu pressuposto de legitimidade é a participação popular nas decisões estatais.
Não obstante, nas relações cotidianas entre as pessoas, exige-se um comportamento de práxis democrática, ou seja, de respeito mútuo.
A diversidade de concepções de mundo deve pautar o diálogo no desenrolar do processo histórico.
Percebe-se, nesta fase de globalização do capitalismo, que os ânimos estão acirrados.
De um lado, são preconizadas as transformações sociais que matizam a social democracia.
Doutro lado, sob a égide do Estado Mínimo, as políticas públicas de inclusão social são mitigadas, drasticamente, mediante políticas públicas de austeridade fiscal.
A questão crucial em jogo é o custo do Estado Social. Indaga-se: o que se pode fazer?
Sabemos que o Welfare State( Estado do Bem Estar Social) europeu vivencia uma crise.
Entretanto, mesmo com a incidência de políticas neoliberais, o Welfare State preserva sua essência assistencialista e viabiliza a democracia nos países desenvolvidos da Europa.
Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, a democracia se demonstra incipiente e pouco eficaz.
Temos uma constituição pautada no Estado Democrático de Direito que perdeu sua força normativa com as reformas neoliberais.
Nossa democracia tornou-se capenga e meramente formal.
Houve uma hipertrofia nos direitos sociais, econômicos e culturais que ensejou concentração de rendas neste país tupiniquim.
Em síntese, temos de resgatar os valores da democracia brasileira, estabelecer um diálogo nacional, e construir uma nação sem exclusão social.
Não se trata de radicalismo ideológico. Muito pelo contrário, as conquistas políticas de cada povo sedimentam uma verdadeira democracia que almeja a felicidade de todos.
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