O futebol , como hodiernamente jogamos, nasceu na Inglaterra, e foi trazido ao Brasil no final do século XIX. De início, era praticado em clubes de elite, até conquistar e passar a ser praticado por todas as classes sociais, em campos improvisados e na rua.
Entre o final da década de 40 e início da década de 50 do século XX, muitos defendiam que o Brasil precisava mudar seu estilo de jogo, se rendendo ao jogo físico europeu.
Mas, em 1958 vencemos nossa primeira Copa, exatamente com um Futebol Arte. João Lyra Filho, ex-presidente do Conselho Nacional de Desportos, no livro “Introdução à Sociologia dos Desportos”, admite ser a capoeira “a precursora do futebol tal como é jogado no Brasil, entre malabarismos e tessituras que parecem peculiares aos mulatos”. Diz ele que “no jogo de futebol dos mulatos, como antes, no jogo da capoeira, há muito luxo de simulação e ludibrio. A catimba sela a intimidade com o futebol”.*
Hoje vemos novamente movimentos cada vez maiores para seguirmos o modelo de treino europeu, que sem dúvida ajuda, inclusive com o apoio da ciência. Porém, é preciso refletir e aprender com o passado, onde o título só veio quando retornamos às nossas raízes, ao futebol arte, de ginga, de dribles desconcertantes, e foi assim em todas as copas que ganhamos.
Então está na hora de pararmos tudo, repensarmos as metodologias, e quem sabe, voltarmos ao nosso estilo de jogo, sem abrir mão da ciência. E aos que não gostam do malabarismo brasileiro, meu respeito, mas a verdade é que nós amamos o jogo bonito o futebol arte, mais que somente o resultado. Como disse Cruyff “nada mais motiva o futebol do que a certeza de que o esporte representa a paixão de uma nação”. Então, não percamos a nossa identidade e nem abandonemos o estilo que representa toda uma nação. Vençamos, mas vençamos com arte.
**A INFLUÊNCIA DA CAPOEIRA NO FUTEBOL(FONTES: MANUSCRITOS.BLOGSPOT.COM.BR – BERIMBAUBRASIL.COM.BR)
[simple-author-box]
Deixe um comentário