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Índia se reaproxima da China e lidera adoção da DeepSeek pelo mundo

O ministro de Tecnologia da Informação da Índia, Ashwini Vaishnaw, anunciou que o país vai passar a hospedar em seus servidores o modelo de inteligência artificial da chinesa DeepSeek. Com isso, os temores sobre privacidade de dados serão superados, segundo ele, e os usuários e desenvolvedores poderão se beneficiar do código aberto.

A decisão vem no rastro de uma corrida das big techs dos Estados Unidos para também incorporar a DeepSeek às suas plataformas de IA, para os clientes, entre elas a Microsoft, a Amazon e a Nvidia. Na China, Huawei e Tencent fizeram o mesmo.

Na Índia, país com a maior população no mundo, a demanda pelo aplicativo chinês, antes do anúncio do governo, superou todos os demais mercados, fora a própria China.

Ao longo da última semana, foi aquele com a maior quantidade de downloads na loja de aplicativos da Apple em cerca de 140 países, segundo a consultoria americana Appfigures, voltada à análise de dados do setor.

Vaishnaw, na entrevista coletiva, enfatizou que a Índia terá seus próprios modelos de IA de classe mundial. “O da DeepSeek foi treinado com pouco mais de 2.000 GPUs”, argumentou, sobre as unidades de processamento gráfico, chips desenvolvidos para videogames e agora usados para IA.

Segundo ele, as empresas parceiras do programa indiano para o setor já começaram a trabalhar e investir.

Ao mesmo tempo em que abraça a DeepSeek, a Índia dá sinais de liberação do acesso para as duas centenas de aplicativos chineses que baniu há cinco anos, entre eles o TikTok, após um confronto militar na fronteira entre os dois países.

Na manhã de sábado, sem anúncio, voltou a ser oferecido para download nas lojas da Apple e do Google o aplicativo da Shein, agora em parceira com a Reliance, de Mukesh Ambani, o homem mais rico da Índia segundo a lista da Forbes.

As empresas não apresentaram detalhes do negócio, mas há pouco mais de um mês, em relatório ao legislativo indiano, o Ministério da Indústria e Comércio informou que a Shein não teria acesso aos dados dos clientes.

Esse princípio de reabertura do mercado indiano à tecnologia e aos investimentos chineses acontece num momento de desaceleração da economia do país, agora projetada para se manter pouco acima de 6% nos próximos anos.

A reaproximação vem acontecendo desde outubro, quando os líderes Xi Jinping e Narendra Modi fecharam um acordo de desengajamento militar, da região do confronto de 2020, e realizaram um encontro bilateral durante a cúpula do grupo Brics, na Rússia.

Outras ações têm sido anunciadas, a mais recente um acordo na semana passada para a retomada dos voos diretos e para facilitar, segundo o relato chinês, “o intercâmbio de jornalistas entre os dois países”, que nos últimos cinco anos havia sido inviabilizado.

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